quinta-feira, 14 de outubro de 2010

para todos nós

''Conhece-se a beleza dádiva dos deuses por aquilo que
ela produz na alma dos homens [...]'
'
Esse é um pequeno trecho do poema Um céu numa flor silvestre, de Rubem Alves. Lembrei-me dele quando vi aqueles homens chegarem a 700 metros mais perto do céu.
 a questao a qual vou me referir aqui remete ao exemplo que foram esses 33 homens. um misto de sentimentos positivos manteve 33 pessoas totalmente diferentes numa sintonia magnifica que com certeza foi o que os fez chegar aqui em cima melhor do que era esperado. 
é até ironico quando pensamos que ali eles estavam com a finalidade de retirar das rochas um dos objetos mais preciosos para a humanidade: o ouro.  e de que passou a valer na mente de cada um deles qualquer grama de ouro quando se viram soterrados e sem comunicação por 17 dias?
sabiamente, os mineiros souberam procurar o ouro que cada um carrega consigo para sobreviver: o equiibrio entre mente e coração e o que daí fluir - uniao, companheirismo, paciencia, compreensao, fé. e foi assim que cada capsula que chegou trouxe um novo heroi para o Chile e para quem conseguir encontrar nesses homens um espirito de luta pela sobrevivencia.
pois em meio a tantas noticias tragicas de assaltos, sequestros, assassinatos, ou seja, da especie traindo a si mesma,  ver um ato de uniao entre os homens é de comover qualquer um.
nao seria, se sempre nos unissimos para nos proteger. mas o homem, o qual deveria ser o mais inteligente dos animais talvez seja o mais burro de todos. eu escutei isso em uma aula e me foi tao pertinente que parei para refletir. e é verdade, porque se nao o fosse, nao estariamos discutindo sobre o quao rapido estamos destruindo a natureza a qual nos mantém, fora isso ainda há as discussoes sobre as diferenças que levam muitas vezes às guerras armadas.
a indiferença ao semelhante é tão natural que ao ver o que os mineiros fizeram tomamos como exemplo, uma lição de vida. e é esse espirito que eles demonstraram de fraternidade que deveríamos trabalhar no nosso meio.
quando cada um faz a sua parte, nós fazemos o todo.