domingo, 9 de janeiro de 2011

“Everything is possible. The impossible just takes longer.”(NSA)

Combati o bom combate. Entrei em estado de guerra total, utilizando todas as minhas forças, os meus recursos e minhas habilidades para atingir um objetivo. Ousei atingir a perfeição e a tangenciei várias vezes durante minhas batalhas. Tive meu norte traçado. Tentei manter minha fé e quando essa quis fraquejar, em função das dificuldades que vi, tive coragem para superá-las, mantendo assim, acesa a chama no meu coração. Olhando tudo isso, pareço ter me tornado um mito histórico. Mas como todo mito, devo ter a minha “tragédia”.
O problema com os mitos históricos está no fato de seu herói, herói não por ter poderes divinos, mas sim, por aprender a extrair o máximo da capacidade humana, conta sempre com o imprevisível para confrontá-lo. Que digam homens como Leonidas, Julio César, Napoleão, Airton Senna e até mesmo Jesus, no que se refere ao seu aspecto humano. Mas a tragédia, em que consiste? Apesar do nome, será que é a sua ocorrência que caracteriza a história de um herói? Ou serão as vitórias que ele conquistou em cada luta? Não seria a coragem que mostrou, mesmo diante do inimigo invencível? E ainda, não deveria ser notado de como, através de forma simples e humilde, o herói foi capaz de conquistar e unir os corações ao redor dele? Que respondam os que leram a história, os que viram o dia-a-dia e que de alguma forma sentiram e participaram dos sacrifícios que foram feitos.
Ao herói eu pergunto: onde seu coração brilha mais? No meio do dia, ou no meio da noite, com o céu sem estrelas? É o braço forte, que nunca se curva e que nunca erra mais glorioso do que o homem pequenino de carne e osso, cuja única arma é acreditar de forma incontestável nos seus sonhos? Seria o super homem aquele que nunca cai, ou seria aquele que cai, mas sempre encontra forças para se levantar? Que responda o coração heróico, alimentado pelo amor daqueles que o amam e que estão com ele em todos os momentos.
O coração do herói é antes de tudo humano e, portanto tem medo do amanhã porque não sabe o que pode esperar. Mas nesses momentos deve-se voltar para um ponto em que tudo dá certo, em que temos certeza das coisas, onde nossa noite se torna dia. Cada um tem o seu. O do herói, ele sabe, que passa por manter a coragem, aprender com as vitórias e com as derrotas do passado e usar isso como pilar para sustentar sua força e alimentar seus sonhos. O coração do herói fica triste, fica magoado, mas ele sabe que isso vai passar. Ele sabe que a batida natural do seu peito é como a de um motor de foguete, impulsionando os seus sonhos para a concretização através do desconhecido e unindo assim seu passado de batalhas com seu presente esperançoso e seu futuro muito maior do que qualquer um pode imaginar.
Com amor e fé em você,   
                                                                                 Ygor Bastos